Inter x Caxias – Se o time grená tivesse uma boa jogada aérea…

A eliminação do Inter na Libertadores, quinta-feira, escancarou um dos problemas do time colorado: a fragilidade da zaga, principalmente em bolas aéreas. Os dois gols do Fluminense ocorreram dessa forma: no primeiro, Leandro Euzébio cabeceou sozinho, sem ninguém a incomodá-lo; no segundo, a Fred ganhou da zaga ao natural, sem grandes dificuldades.

Essa deficiência colorada pode beneficiar o Caxias domingo. O problema é que o Caxias também não é muito forte na jogada aérea, mas convém mandar os zagueiros à área adversária sempre que surgir um escanteio ou uma falta nas proximidades da área. Com essa zaga colorada, a emoção da final está garantida. Principalmente se o Caxias souber se fechar bem e anular o meio-campo e ataque do Inter.

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O problema no setor defensivo não tira o favoritismo do Inter no Gauchão, mas pode diminuir as chances de o colorado brigar pelo título do Brasileiro. De resto, o time está bem.

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Estamos em maio, e a dupla Gre-Nal só tem uma vitória a festejar até agora – o resto foi obrigação. Cada um ganhou um Gre-Nal, e só. O Grêmio tem a desculpa de que, além do clássico, ainda não enfrentou nenhum chamado grande. O Inter não: em quatro jogos, contra Santos e Fluminense, o time acumula duas derrotas e dois empates.

 

Detalhes que pesaram no jogo do Centenário

Entre certezas e dúvidas, algumas considerações sobre o empate em 1 a 1 entre Caxias e Inter, neste domingo, no Estádio Centenário:

– Oscar joga muita bola e foi decisivo, mesmo após um longo período sem jogar. Teve dificuldades no primeiro tempo, natural em função da falta de ritmo, mas no segundo tempo mostrou que  merece estar na seleção olímpica brasileira. Fez um gol e, em outra jogada, o Inter quase virou a partida. Sua volta vem em boa hora para o Inter, que tem uma decisão contra o Fluminense, no Rio, pela Libertadores.

– O Caxias, desconfio, sentiu a falta de jogos. Sem atuar havia quatro semanas, o time grená foi muito bem no primeiro tempo, em que equilibrou a partida e abriu a vantagem de 1 a 0. Na etapa final, o time caiu de rendimento. Desconfio que faltou ao time ritmo de atuar por 90 minutos. Treino, diz o ditado, é treino, e eles raramente duram 90 minutos. E quando duram o tempo de uma partida, a intensidade é outra. Por isso, o longo período sem jogar pesou para o Caxias. Estou equivocado?

– Fabinho, Mateus e Vanderlei jogam muito e são as esperanças grenás no Beira-Rio, no próximo domingo. E, especialmente, na Série C nacional; isso se não forem negociados pelo clube. Com eles, o Caxias têm tudo para subir; sem eles, a coisa fica mais difícil.

– Com o 1 a 1, o Inter ficou próximo do título, mas não creio que a coisa esteja definida. Defensivamente, o colorado tem problemas, e o Caxias tem tudo para fazer gols no Beira-Rio. O problema será parar o Inter reforçado por D’Alessandro (ou Dátolo), Dagoberto e Leandro Damião num estádio lotado.

– O futebol está ficando caro demais. Por isso, o Centenário não lotou neste domingo. No Brasil, o salário continua sendo de terceiro mundo, mas o ingresso é de primeiro mundo. Na decisão, o ingresso de arquibancada (R$ 60) equivalia a quase 10% do salário mínimo (R$ 622). E mais negócio ver pela TV.

Caxias 1 x 1 Inter: vantagem colorada

Com um empate em 1 a 1 no Centenário, o Inter deixou Caxias do Sul próximo do título do Gauchão. Basta uma vitória simples ou até um um 0 a 0 para garantir o bicampeonato. Para o Caxias, resta buscar o empate com mais de dois gols ou tentar vencer no Beira-Rio. Não há dúvidas de que a situação é toda favorável ao colorado.

Foi um bom jogo. Principalmente no primeiro tempo, quando os dois times buscaram o gol, criaram oportunidades e obrigaram os goleiros a boas defesas. No segundo, o Inter dominou e acabou conquistando o empate – poderia até ter vencido, se tivesse sido mais eficiente nas conclusões.

Um detalhe do jogo: os dois gols saíram em contragolpes. No primeiro tempo, o Caxias recuperou a bola na defesa e, em velocidade, chegou a gol, com Mateus. No lance do gol colorado, a jogada começou com Muriel. Em poucos toques, a bola chegou a Oscar, que driblou Umberto e decretou o 1 a 1.

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Oscar foi o diferencial do Inter. No Caxias, Fabinho e Mateus fizeram um bom jogo.

 

Caxias x Inter: decisão no Centenário

É tarde de decisão no Estádio Centenário e, por conta do trabalho, estarei assistindo ao confronto pela TV. Assim, não haverá fotos após a jogo aqui neste blog. Uma pena, porque sempre gostei de fotografar as partidas. Mas vou postar alguns comentários.

Minha expectativa: o Inter é favorito para ser campeão, no cômputo dos dois jogos, mas espero uma tarde de muito equilíbrio. O Caxias sabe que suas chances dependem da vantagem que ele construir em seu estádio. Em função disso, o time grená tentará ser agressivo, jogar com velocidade. O Inter, com o retorno de Oscar mas sem vários titulares (Rodrigo Moledo, Kléber, D’Alessandro, Dátolo, Dagoberto e Leandro Damião), deverá adotar a cautela e assumir menos riscos; neste sentido, até um empate é bom para os colorados.

O confronto deste domingo está em aberto. Se voltar a jogar que jogou no primeiro turno, o Caxias tem boas chances de construir uma vitória.

Caxias: o desafio será encarar o Inter

Apesar dos vários desfalques, o Inter se impôs no Gre-Nal, venceu por 2 a 1 e será o adversário do Caxias na decisão do Gauchão de 2012. Será um confronto complicado para o time grená. O rival, apesar dos muitos baixos na temporada e de poucas atuações realmente convincentes até agora, é forte e favorito na final.

Há um aspecto que beneficia o Caxias: a lista de desfalques do Inter. Sem D’Alessandro e Kléber, o clube também não contará com Rodrigo Moledo (suspenso) no próximo domingo. Mas é preciso lembrar que o Inter ganhou o Gre-Nal sem D’Alessandro, Kléber, Nei e Dagoberto – esses dois últimos devem atuar em Caxias do Sul -, o que indica que o adversário tem, além de bons titulares, um grupo de jogadores que, mesmo na reserva, podem entrar e resolver. É o caso de Fabrício, o reserva de Kléber que fez o gol da vitória no clássico.

Portanto, o Caxias pegou o pior dos dois rivais. Cabe torcer para que esse adversário volte a fazer um jogo pouco inspirado no próximo domingo. Tal como já fez outros vezes, como diante do Juan Aurich e em confrontos válidos pelo Gauchão. Além disso, o Caxias precisa jogar muito na decisão para sonhar com o título.

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Quanto à polêmica dos gandulas, é muito barulho por pouco.

Gauchão: deu o óbvio ululante

Primeiro foi o Grêmio, que despachou o Canoas, com um magro 1 a 0, sábado, gol de André Lima.

Ontem, o Inter se impôs. Aplicou 4 a 0 no Veranópolis, gols de Dátolo (dois), Leandro Damião e Índio, e avançou à final do turno.

Agora, Inter e Grêmio se enfrentam, no próximo domingo, no Beira-Rio. Quem vencer vai encarrar o Caxias na decisão do Gauchão.

Na Capital, vão dizer que o Gre-Nal vai decidir o Gauchão e que os outros dois jogos apenas servirão para carimbar o título. Cabe ao Caxias provar que não é bem assim, nos confrontos marcados para os dias 6 e 13 de maio, o primeiro no Centenário e o segundo na Capital. Tarefa difícil. Impossível?

A dupla Gre-Nal confirma, a dupla Ca-Ju decepciona

A dupla Gre-Nal, depois de vacilar no primeiro turno do Gauchão, dominou a Taça Farroupilha. O Inter, com o 3 a 0 sobre o São Luiz, chegou aos 19 pontos, em 21 possíveis. O Grêmio, ao bater o Caxias por 3 a 1, somou 18. Com isso, os dois garantiram a melhor campanha e, se não tropeçarem em seus estádios contra adversários com orçamentos muito menores, vão se enfrentar na decisão do turno.

A dupla Ca-Ju, por sua vez, naufragou no turno. O Caxias, campeão do Taça Piratini, somou apenas sete pontos e, eliminado, começa a preparação para a decisão. O Juventude, também desclassificado, se concentra na Copa do Brasil. Pouco para as duas equipes consideradas as mais fortes do interior do Rio Grande do Sul.

A julgar pelo domínio da dupla Gre-Nal, o título tende a ficar na Capital. A menos que dê zebra.

Libertadores: o empate foi ótimo para o colorado

O torcedor, é óbvio, esperava a vitória, no dia dos 103 anos de fundação do clube, mas o empate foi excepcional para o Internacional.

Primeiro, porque o Santos literalmente mandou na partida e Neymar, mesmo marcado e vítima de muitas faltas, jogou muito e só não marcou devido as ótimas defesas de Muriel (duas delas, em chutes de no clubo dos iateiros de dentro da área).

Segundo, porque ficou sem meio-campo titular (Guiñazu e D’Alessandro, machucados, e Oscar, que vive um imbróglio judicial), o que levou o time a ficar com pouca posse de bola de um adversário envolvente e rápido.

Assim, o 1 a 1 ficou ótimo e adiou a classificação colorada para a última rodada. O Santos pode até se classificar hoje, caso o Juan Aurich derrote o The Strongest. Independente do que ocorrer, o time santista vai avançar – não tem como perder para o The Strongest em casa. Já o Inter precisa vencer no Peru, na pior das hipóteses, mas já deverá contar com Guiñazu e D’Alessandro.

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Dos brasileiros, desconfio que só o Flamengo corre perigo real e imediato. Os outros, salvo algum tropeço, devem avançar.

A dupla Gre-Nal pode jogar mais

No Olímpico, o Grêmio levou um susto no começo do jogo, mas depois se impôs e venceu o fraco River Plate (não aquele argentino, que também está mal) por 3 a 1 e avançou na Copa do Brasil. Cumpriu o objetivo, mas sem muito brilho.

Na Bolívia, o Inter sofreu e quase viu a classificação à segunda fase da Libertadores ficar distante. Gilberto, com um  gol aos 42 minutos do segundo tempo, igualou o placar contra o The Strongest e salvou, assim, o colorado.

Para se ter uma ideia do que o gol representou, basta imaginar a situação do Inter caso tivesse perdido. Precisaria de pelo menos três pontos, provavelmente quatro e talvez seis pontos, tendo pela frente Santos (em casa) e Juan Aurich (fora).

Com o gol salvador, basta uma vitória ou, se o The Strongest não vencer o Juan Aurich no Peru,  um empate. Isso porque o Santos vai fazer a festa contra os peruanos e os bolivianos na Vila Belmiro.

Se os resultados da dupla Gre-Nal foram bons, o futebol deixou a desejar. Os dois times, pelos elencos caríssimos que têm, podem jogar mais do que fizeram hoje.

Caxias X Inter – A comemoração de Damião em 2011

O grande jogo entre Caxias x Inter, pelo Gauchão de 2011, terminou empatado em 3 a 3 e teve uma comemoração que criou polêmica. Ao fazer o terceiro gol colorado, Leandro Damião foi a frente da torcida colorada e simulou estar segurando com um placa, determinando os minutos de acréscimos – referência ao jogo entre Grêmio x Caxias, dias antes. A foto:

Parceria Inter-AG: um péssimo negócio para o clube

O Aod Cunha, o mágico da Yeda, convenceu no seu curto período no Internacional que o clube não tinha como arcar com a reforma do Beira-Rio e costurou uma parceria com a construtora Andrade Gutierrez. Desde então, é uma novela sem-fim, pior (desconfio, porque não assisto) do que aquelas que passam na TV (Globo, Record, SBT).

Agora, o presidente colorado diz que a assinatura do contrato sai até o dia 13. Talvez saia, mas posso duvidar?

Na novela, o Inter vai a reboque. A Andrade Gutierrez não está preocupada com prazos ou Copa do Mundo, está de olho no lucro gigantesco que vai embolsar. Afinal, a construtora terceirizou os custos (o clube pagará uma pequena parte, e os outros parceiros cobrirão o resto) e vai privatizar os lucros, a partir da administração do espaço por generosos 20 anos.

No final das contas, o Inter vai pagar o pato. Aliás, já está pagando o mico de não ver a reforma sair do papel.