A decisão da Líbia torna a ONU marionete

A ONU (Organizações das Nações Unidas) sempre foi um palco para os países poderosos exercerem seu jogo de poder. Há lá, um grupinho de países que integram o Conselho de Segurança: são 15 ao todo, cinco dos quais com poder de veto (EUA, China, Rússia, Inglaterra e França). É uma estrutura parecida com a de uma ditadura.

Nesta quinta, esse Conselho de Segurança aprovou uma resolução criando uma “exclusão aérea” na Líbia e permitindo a países que se julgam com moral superior a atacar para proteger a população civil de Gaddafi. Curiosamente, são esses os países que vivem matando civis no Afeganistão.

A ONU, que deveria forçar a via diplomática, mais uma vez adota a via bélica. Lá, a maioria não tem vez, só os senhores guerreiros. Curiosamente, os cinco maiores vendedores de armas do planeta são os cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança. Curiosamente, o maior destes cinco comerciantes é o que mais força as soluções militares. Mas, curiosamente, só toma essa “nobre decisão” quando tem outros interesses em jogo.

Barack Obama, que no sábado vem aí, revela-se um senhor da guerra, tal como George W. Bush.

Programa para sabotar as mídias sociais

No discurso, os Estados Unidos são contrários a qualquer censura ou interferência nas mídias sociais (Twitter, Orkut, Facebook, etc..). Isso publicamente. Na realidade, não é bem assim. The Guardian traz reportagem investigativa – isso ainda existe em alguns lugares – afirmando que o exército dos Estados Unidos está desenvolvendo um programa para manipular mídias socias e usá-las como ferramenta de propaganda.

Segundo a matéria, uma empresa foi contratada para desenvolver o projeto, que permitirá que uma pessoa controle 10 identidades ao mesmo tempo. O trabalho também visa criar uma proteção especial para quem gerencia essas identidades, evitando que ele seja “hackeado”.

O programa é semelhante ao que o governo chinês, desconfiam os ocidentais, busca desenvolver. Não deixa de ser irônico: governos ditatoriais e democráticos usando métodos semelhantes.

Leia o texto do The Guardian aqui. Há um comentário sobre a iniciativa norte-americana aqui.

Japão: a situação só piora, mas no UOL está estável

É uma mera percepção, a partir de alguns manchetes (a chamada principal, na parte superior do site): no UOL, a situação no Japão em relação ao vazamento nuclear volta e meia é definida como “estável” e “sob controle”. Mesmo após as explosões em três das quatro usinas de Fukushima, a situação continua estável. Como assim? O risco não apenas aumentou nos últimos dias, como o vazamento de radioatividade já é um fato.

Capa do UOL às 16h30min desta quinta-feira, com a manchete "Situação na usina do Japão está estável, diz ONU"

EUA querem autorização para atacar Líbia

Enquanto o governo de Muammar Gaddafi anuncia que haverá um cessar-fogo a partir da meia-noite de sábado (leia aqui), os Estados Unidos estão pressionando um resolução no Conselho de Segurança da ONU que não crie apenas uma zona de exclusão aérea, mas que autorize, também, os Estados Unidos a bombardear as forças leais a Gaddafi. A informação do jornal inglês The Guardian (leia aqui, em inglês).

Por que os norte-americanos insistem tanto em uma solução armada? Não será por que têm uma bilionária indústria de armamentos que, a cada conflito, amplia seus lucros?