O limite do desconto na Feira do Livro

O capitalismo, por vezes, escancara suas várias contradições. É sabido de longa data  que o sistema econômico vigente só sobrevive com uma massa de desempregados (para controlar o nível dos salários) e, a longo prazo, provoca uma crescente desigualdade social. Agora, num acordo insólito e contraditório, temos o limite de descontos na Feira da Livro de Caxias do Sul.

Conforme texto de “O Caxiense” (leia aqui), as bancas das livrarias vão poder dar desconto máximo de 20% sobre os lançamentos. Ou seja, há um limite, ferindo com um punhal o capitalismo, que prega a livre concorrência e a liberdade de se definir preços.

Minha crítica não é aos livreiros, que estão em um mercado muito competitivo, com a concorrência de gigantes e um comércio online selvagem. A crítica refere-se a esse ilação, repetida pela mercado, que o capitalismo é a solução geral para tudo. Não é: o capitalismo, sem um mínimo de regulamentação, é apenas a lei do mais forte e simplesmente não funciona. Basta olhar para o mundo, em crise devido a falta de regulamentação da agiotagem mundial.

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Claro que alguns defensores do sistema, tão eudeusado por alguns que se julgam liberais, já vão discordar. Podem discordar, mas por favor não utilizem Cuba como argumento (não é sobre isso que estamos).