Diante dos protestos, Muammar Gaddafi adotou uma violenta repressão, utilizando tanques e aviões para matar e dispersar os manifestantes que pedem mais direitos e liberdades após 42 anos de ditadura na Líbia. Com isso, provocou a morte de centenas de pessoas que clamavam por democracia no país do Norte da África.
Nesta terça-feira, Gaddafi apareceu na TV, falou que não vai abdicar do poder, que os inimigos do país morrerão e que só sai do comando como mártir (no caso, morto). O discurso não surpreende; pelo contrário, comprova apenas tudo o que já se sabia do ditador líbio. É um tirano sanguinário, um louco no poder.
A decisão deve levar o país à beira de uma guerra civil. Está claro que a oposição controla parte do país, enquanto o governo tenta restabelecer um controle com tanques, bombas e balas.
É difícil saber qual será o tamanho da tragédia – que poderia ser evitado caso os militares assumissem o controle -, mas uma coisa está clara: Gaddafi jamais sairá como mártir dessa crise. Ditadores, revela a história, raramente se despedem como mártires de seu povo. Gaddafi é um tirano, alguém que deveria sentar na corte de Haia; ou melhor, ser julgado pelos líbios pelas atrocidades que cometeu e que está cometendo.
Veja quem é Kaddafi segundo Robert Fisk, correspondente do The Independent no Oriente Médio.
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