O drama argentino

A Argentina esteve na mídia brasileira por duas razões distinta nestes últimos dias. Em um dos casos, é um tema relevante, que mereceria discussão por essas bandas também; o outro não é tão importante assim, embora para muitas pessoas seja considerado muito, mas muito mais importante.

Tema 1: a aprovação da nova lei de imprensa pela presidente Cristina Kirchner.

Tornada lei, a legislação visa regulamentar o setor de mídia, mas os nossos jornais optaram pelo termo “controlar” e afirmam que foi criada para acabar com o grupo Clarin, o mais poderoso e forte da área no país vizinho.

A lei foi apresentada como ruim, mas é vital termos uma regulamentação da mídia, para evitar o monopólio. Nossa constituição diz isso claramente, mas alguns grupos dominam a informação no país. Também precisamos de uma lei para regulamentar a mídia, mesmo que a mídia esperneie e diga que é meramente para “controlar”.

Mas todos sabemos que poder em excesso é ruim.

Tema 2: o futebol.

A seleção argentina passou, tal como um tango, pelo Peru. Venceu por 2 a 0, mas foi um drama. O time treinado por Maradona – um jogador brilhante e um técnico medíocre – fez 1 a 0, recuou e viu o céu responder com um temporal sobre Buenos Aires – as câmeras de transmissão tremiam e mal dava para ver o jogo. Aos 45, o Peru empatou. Aos 47, Palermo fez 2 a 1 para a Argentina. Na saída de bola do meio-campo, o Peru ainda medeu uma bola na trave.

Quase que a Argentina deu adeus à Copa do Mundo de 2010. Mas ainda não está lá. Precisa de uma vitória sobre o Uruguai, em Montevidéu, para assegurar a vaga; se empatar, estará, pelo menos, na repescagem; se perder, torce para o Equador não vencer o Chile, fora de casa.

O sofrimento continua.

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