Esse domingo vai ser, não tenho dúvidas, inesquecível. Foi uma vitória especial, principalmente pela forma como ela ocorreu. Difícil, do começo ao fim, e isso não se refere apenas aos 90 minutos de bola correndo.
Primeiro, a torcida para não chover. A previsão indicava chuva, o que poderia prejudicar o espetáculo e afastar o público do estádio Centenário. As nuvens pairaram sob Caxias do Sul, mas, por uma razão ou outra, resolveram não despejar água sobre a cidade. E sem chuva, o torcedor começou a lotar o Centenário. Foram mais de 17 mil.
Vencida a primeira parte, veio o jogo. Na teoria, deveria ser fácil, mas nada é simples no futebol. O Marcílio Dias, impulsionado por um bicho extra do Marília, decidiu jogar o que não tinha jogada até então. O time catarinense fechou os espaços, anulou o Caxias no começo da partida e, num contragolpe, fez 1 a 0.
O Centenário calou por alguns minutos, mas, em seguida, o torcedor começou a empurrar o time. O gol de empate tardou, veio aos 17 minutos da etapa final, com Anderson Bill. Foi o início da festa. Aos 24, Rafinha fez 2 a 1. Aos 41, já com um a menos, Cristian Borja marcou e, aos 47, Sena decretou o 4 a 1, placar que deu ao Caxias a primeira colocação do Grupo D.
O que ocorreu nos 45 minutos finais é quase inacreditável. Time e torcida, num mesmo ritmo cadenciado, construíram uma vitória que dificilmente será esquecida por quem esteve no Centenário. Foi mágico, como se fosse um filme, com o ápice no final. Um grande final.
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Depois do 4 a 1 sobre o Marcílio Dias, é hora de por os pés no chão novamente. Tem a decisão contra o Guaratinguetá, em dois jogos. O primeiro no domingo, no interior de São Paulo, e o segundo dia 17, no Centenário.
Certamente lotado.
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